Entenda a cronologia de uma das séries mais épicas dos videogames

A série God of War foi lançada pelo Santa Monica Studios, da Sony Computer Entertainment, em 22 de março de 2005 exclusivamente para o PlayStation 2. Ao todo, foram lançados sete games da série até hoje, incluindo o mais recente, God of War: Ascension.
Com mais de 20 milhões de unidades vendidas, a série oferece um jogo
de ação e aventura baseado em acontecimentos da Mitologia Grega, em que
a vingança do protagonista é o tema central. O sucesso obtido por God of War, porém, não
veio por ele ser exatamente um jogo original, mas por oferecer um raro
equilíbrio entre combates e quebra-cabeças, e por ser admiravelmente
polido e bem-acabado. Seja em quesitos técnicos e/ou artísticos.
O refinamento visual da aventura é
apresentado ao jogador com cenas de computação gráfica de grande valor
artístico. A jogabilidade usa o tradicional sistema de combates em
terceira pessoa, com câmera dramática, posicionada em pontos estratégicos.
Outro elemento notório é variedade de combos, golpes brutais e diversos
tipos de ataques que criam uma diversão adicional à partida.

Quem é Kratos?
A palavra grega "κράτος", ou "krátos" significa "força" e é derivada
das palavras "democracia" e também "aristocracia". Sua personificação
mitológica foi o titã Cratos (ou Kratos), filho dos deuses Pallas e Estige. Assim, Kratos é a personificação do poder e da força na mitologia grega.
A história do jogo inicia-se quando o rei dos deuses, Zeus, cria uma
relação de amor e traição com uma mortal. Desta relação proibida nasce
uma criança. A partir deste nascimento, foi criado uma profecia, que da
mesma forma como Cronos destruiu seu pai, Uranus, e Zeus destruiu seu
pai, Cronos, o bebê destruiria Zeus.
Temeroso, Zeus ordena que a mulher se livre do recém-nascido, sob
pena de morte. Ela, então, deixa o infante em uma estrada e foge. O bebê
é encontrado por um guerreiro de Esparta, que o coloca em um programa
de intenso treinamento para órfãos do exército. A criança, claro, era
Kratos, que logo destaca-se não somente por ser mais forte, rápido e
ágil, mas também pela bravura e ser capaz de fazer coisas que nem os
adultos tinham coragem de fazer.
Kratos cresce e se torna um guerreiro espartano violento e
sanguinário, sem receio algum pela batalha. Sua crueldade durante
numerosas guerras e a sua habilidade em manejar qualquer arma o destaca
entre os outros guerreiros. Logo ele lidera um grupo de apenas 50
guerreiros. Pouco tempo depois, tem milhares de seguidores sob suas
ordens.

Por que o Fantasma de Esparta?
Kratos nunca foi derrotado em batalha. Mas nunca esteve tão perto da derrota como na luta em que enfrenta o destemido Rei dos Bárbaros
com o seu exército visivelmente superior. Ao fim de várias horas de
intenso combate e vendo o seu exército ser vencido e a sua morte
próxima, Kratos faz um pacto com o Deus da Guerra, Ares, para que este venha em seu auxílio. Em troca, ele dedica o resto de sua vida às causas do Deus da Guerra.
Ares cumpre o prometido. Então Kratos apodera-se de uma das armas mais cobiçadas por todos os grandes guerreiros: as Blades of Chaos
(Lâminas do Caos), que são espadas curvas presas para sempre aos seus
braços por correntes em brasa, como uma marca permanente do seu
compromisso para com o deus. Como pagamento pela derrota de seus
inimigos, Kratos torna-se o melhor e o mais fiel servo de Ares.
Como escravo do deus da guerra, Kratos fica ainda mais
violento, destrutivo e temido. Apesar de fazer tudo o que Ares lhe
ordena, o Fantasma de Esparta não satisfaz o ambicioso deus em sua fúria
de destruição. Com Kratos, Ares busca a criação do guerreiro
invencível, o campeão dos deuses, mas algo impede Kratos de se dedicar única e exclusivamente à ganância de Ares: sua mulher e filha.
Sob a loucura de Ares e movido por sua própria sede sangue, Kratos,
enquanto cumpria a missão de destruir uma aldeia e seus habitantes nos
arredores de Atenas, é traído e cai em uma armadilha montada pelo
próprio Ares.
O terrível erro de Kratos
O misterioso e sagrado Templo da Aldeia, vigiado por um Oráculo, e
construído em honra da deusa Atena, era o local onde se guardava o
terrível segredo que perseguiria Kratos para sempre. O guerreiro
espartano é avisado pelo Oráculo do Templo que iria se arrepender
amargamente se ali entrasse. Contudo, ignorando o alerta, Kratos
esquarteja todas as pessoas que se encontravam ali, cometendo o seu
terrível erro: ele mata a sua própria mulher e filha por engano.
Sem a família, não existe nada que possa impedir Kratos de se dedicar
inteiramente ao Deus da Guerra. Porém, Ares não contava que uma
violentíssima criatura como Kratos pudesse ter um coração tão cheio de
amor pela esposa e filha. E Kratos, solenemente, jura a Ares que um dia o
deus iria se arrepender pelo que lhe tinha feito.
A devoção de Kratos sofre então uma nova guinada: o anti-herói crema
os corpos de sua mulher e filha e as cinzas que se soltam das chamas
agarram-se ao corpo dele, revestindo assim sua pele de branco. Marcado
para sempre, todos agora podem ver em sua pele o crime cometido e a
pesada lembrança do pecado que iria ficar para sempre enraizada em seu
espírito. O Deus da Guerra agora carrega no corpo a morte da própria
família e nasce assim a lenda do Fantasma de Esparta.
Cronologicamente, a saga do Fantasma de Esparta acontece na seguinte ordem: God of War: Ascension, God of War: Chains of Olympus, God of War, God of War: Ghost of Sparta, God of War: Betrayal, God of War II e God of War III.